domingo, dezembro 04, 2005

O regresso do Advento

Olá amigos!
Já lá vão uns tempitos desde o último post...mas, agora que estamos no Advento, a esperança e a alegria que me invadem levou-me a retomar estas escritas. E recomeço com este poema belíssimo, agradecendo à Estrelinha Mor pela partilha.
Beijinhos e abraços para todos os meus amigos e para os que gostam menos de mim...Obrigado pela vossa presença na minha vida.
Que o Menino seja a nossa inspiração para amar melhor.


Por favor…Toca-me

Se sou teu bebé
Toca-me
Necessito tanto que me toques
Não te limites a lavar-me
A mudar-me as fraldas e a alimentar-me
Aproxima-me perto do teu corpo, dá-me um beijo na minha cara pequenina
E acaricia o meu corpo franzino
A tua ternura é doce e segreda-me amor e segurança

Se sou te filho
Toca-me
Mesmo que te queira resistir e negar-te
E persiste, encontra a melhor maneira de satisfazer as minhas necessidades
O abraço que me dás à noite adoça os meus sonhos
As formas em que me tocas durante o dia dizem-me como sentes

Se sou te adolescente
Toca-me
Não penses que sou quase adulto
Não necessito de saber que me cuidas
Necessito dos teus braços carinhosos e da tua voz cheia de ternura.
Quando o caminho se torna duro, a criança que há em mim precisa-te

Se sou teu amigo
Toca-me
Não há nada que comunique melhor a tua ternura que um abraço terno
Um gesto de ternura quando estou deprimido, diz-me que gostas de mim
E mostra-me que não estou sozinho

Se sou tua mulher
Toca-me
Poderias pensar que basta a paixão
Mas só os teus braços recusam os meus medos
Necessito do toque da tua ternura que me dá Fé
E me lembra que sou amada porque sou como sou

Se sou teu filho adulto
Toca-me
Apesar de ter a minha própria família para tocar
Ainda necessito que me abracem Pai e Mãe especialmente quando me sinto triste
E como Pai que hoje sou, vejo tudo de uma maneira diferente e clara
E valorizo-vos mais ainda

Se sou tua velha Mãe
Toca-me
Como me acariciavam quando era pequena
Segura na minha mão, senta-te perto de mim, dá-me a tua força
E aquece o meu corpo cansado
A minha pele está enrugada, mas parece rejuvenescer quando é acariciada

Não tenhas medo… Toca-me, sem mais.

(Davis, Phillis K.)


quinta-feira, julho 07, 2005

O sentido

"O sentido da vida consiste em que não tem nenhum sentido dizer que a vida não tem sentido."
Niels Bohr

Sempre que penso que a vida não tem sentido, vou ler esta frase e penso: será que é a vida que não tem sentido, ou sou eu que não tenho sentido prá minha vida?
É tremendamente egoísta pensar que toda a Vida não tem sentido, só porque eu não o sinto. E logo nesse instante, apercebo-me da minha pequenez, da minha miséria, do quanto preciso que Deus encha o meu dia e o meu coração. Às vezes, inadvertidamente, deixamos que o Eu ocupe o centro das nossas vidas, e então esgotamo-nos nos própios limites que temos, não conseguindo abrir o coração à beleza infinita que nos rodeia.
Obrigado Humildade, por seres a primeira e eu o segundo...
Obrigado Paciência, por esperares,incansável, pelo nosso melhor...
Obrigado Alegria, pela paz que rejuvenesce o nosso esgotar infindável...
Obrigado Felicidade, pelo sentido que dás à minha vida!

Dabar

segunda-feira, junho 27, 2005

A Pedra

O distraído tropeça nela.
O bruto usa-a como projéctil.
O empreendedor, usando-a, constrói.
O camponês, cansado do trabalho, faz dela assento.
Para as crianças, é brinquedo.
Para os poetas, é inspiração.
Com ela, David matou Golias.
E o artista concebe a mais bela escultura...
E em todos esses casos, a diferença não está na pedra,
mas no homem...
Em nós!...

quarta-feira, maio 25, 2005

Prisão

No meio das correntes a que me prendo
há uma ténue esperança de liberdade;
há um desejo de rasgar o pensamento
e apreciar vorazmente o momento.

Há uma identidade que desvanece
e uma fonte inesgotável de sentimentos abafados.
O sonho de encontrar perde-se no caos total!
Que vontade de ser encontrado por esse alguém ideal...

Porque me prendo eu?
Polícia e prosioneiro, sou réu e juíz.
Faço o crime, flagelo-me, condeno-me, amarro-me, mato-me aos poucos.
Alimento a culpa que come da minha loucura...
Será o amor assim tão forte? Maior ainda que a ingenuidade que o sustenta?

Mas...
Não há razões para deixar de sonhar...
Porque a vida é maior que a morte.

Misty

Vem, ó névoa húmida e quente
e abraça-me com carinho
Afaga-me o cabelo e beija-me,
suavemente...

Deixa-me perder dentro de ti,
e não mais me encontrar...
ser teu, só teu.

Vem, ou vai, de uma vez por todas!
Não me definhes lentamente,
não me enlouqueças em suplício...

Noite de Verão

O céu estrelado faz sempre lembrar-me de ti...
Quando um clarão de luz rasga o firmamento, delicia-me ver todo aquele brilho e encanto!
E acredito que é um beijo teu directo ao meu coração.

terça-feira, maio 17, 2005

Brandoa - esse lugar mítico!

Olá amigos bloggers!
Agora que Almodôvar ficou para trás, ficam as saudades de duas semanas muito revigorantes...agora é tempo de reentrar no ritmo alucinante da cidade. Desta vez, estou no Centro de Saúde da Venda Nova, mais propriamente na extensão da Brandoa, que fica em Alfornelos!!!!! :) Que confusão!!
Está a ser muito bom, acho que já vi mais doentes em dois dias do que nas passadas duas semanas! Adoro o meu tutor de estágio, é impressionante! Estou a esforçar-me pra tornar esta oportunidade muito positiva.
Bem, deixo-vos com um poema lindo de alguém que não conheço, mas que realmente me tocou.
Fica a homenagem à alma bonita que deixou escorrer estas palavras.
Um abraço a todos,
Dabar


Nem sempre acreditamos em nós próprios e, por isso, falhamos…
Nem sempre temos a coragem para enfrentar o momento e, por isso, choramos…
Nem sempre nos sentimos disponíveis e, por isso, erramos…
Nem sempre sabemos sorrir e, por isso, sofremos…

A felicidade é sempre uma incógnita e, se adivinhássemos o futuro, o presente não faria sentido e a busca incansável dessa felicidade tornar-se-ia efémera…

Para tudo, há que saber esperar com esperança!
Para tudo, há que ter Fé naquilo que somos e naquilo que queremos ser…
Só assim conseguiremos provar o nosso talento,
Mesmo que nem sempre nos deixem mostrar o nosso valor…

Se a felicidade é uma construção,
Então deverá ser edificada dia após dia, sem pressas…
Os seus alicerces devem ser estruturados com dúvidas mas também com grandes certezas…

E a minha maior certeza é que, se estou viva, tenho que o demonstrar, para que, um dia, alguém se lembre de mim como um ser que soube sorrir pela graça da vida e chorar lágrimas doces pelas penas sofridas…

Nem sempre sabemos o que escrever e, por isso paramos…
Nem sempre sabemos o que dizer e, por isso, calamos…
Nem sempre posso estar ao teu lado e, por isso, desculpa…

Contudo, fica com a certeza de que, se a felicidade for mesmo uma construção, precisarei de ti para continuar a edificar a casa dos meus sonhos…


Por estares aí, obrigada…

A. R. C.

quinta-feira, maio 12, 2005

O Nosso Tempo...

Há um tempo de plantar
Um tempo de renascer
Um tempo para crescer
E um tempo para colher
Um tempo para dormir o tempo de despertar
Tudo tem o seu momento
E hoje se te oferece um tempo:
Um tempo para estrear...
Um tempo para estrear o coração
Que é o mesmo que estrear
Os motivos, a ilusão
A vida por entregar
A força da oração
E a coragem de actuar
As antenas do amor para ver para escutar
Tempo de estrear os passos
De intuir e de buscar
Novos caminhos, aqueles
Que mais podem aproximar
Ao irmão mais pequeno
Ao diferente, ao igual
Ao mundo que necessita
Fermento, Luz e Sal
Tudo tem o seu momento...
E cada coisa o seu tempo...
E o tempo que hoje se te dá
É o momento oportuno
Que não é para "continuar"
Com o vinho em odres velhos
Nem de voltar a "começar"
Com a terra do caminho que se nos pegou ao andar

É o tempo de Deus, o teu tempo
Um tempo para estrear...

(Odília Madail),
Ou alguém ainda mais especial...

terça-feira, maio 10, 2005

Diários de Almodôvar

Boa tarde amigos bloggers...
De regresso a estas lides, depois de um fim de semana FANTÁSTICO em terras de Pires da Silva...conhecem? fica ali prós lados de Albufeira...reparem bem, se o Reino de Deus não somos nós que o fazemos aqui mesmo na Terra: o cenário estava criado...uma casa bonita com uma piscina refrescante, uma churrascada suculenta, acompanhada dos habituais pratos vegetarianos prós nossos alfacinhas, e os amigos todos reunidos!! Os mergulhos, os jogos de polo aquatico, as musicas, os risos e a descontracção foram os ingredientes para um Domingo de luxo. Claro está, depois de um Sábado animadissímo, com o jantar de anos da querida Patinha em Vilamoura, o casino, onde nos esperava a nossa querida embaixadora de Macau, Claudia Ho, o bar do Figo, onde se ouve música moderna, como aquela: "Eu sei, eu sei, és a linda portuguesa com quem quero casar...", e o final da noite na Kapitulo Disco (so pros mais resistentes, pq os outros (re)capitularam logo na cama...)
Bem, entretanto, em Almodôvar, a Susete ia sendo assassinada por um caixote do lixo com uma perturbação borderline da personalidade, mas eu dei-lhe logo um cheirinho de Haldol...(só pros malucos, né Bruno?)
Bem, as canoas do rio Guadiana esperam-nos agora...sim, aqui em Mértola, a vida é outra!!
Beijinhos e abraços,
Bruno e Susete