Sem eu ter sido o que fui
Nunca tu serias o que és
Eu não digo nem ai nem ui
Ando no mundo aos pontapés
A dor é grande é imensa
Que é preferível não falar
Hei-de ter a recompensa
Quando de ti me afastar
Eu sou o que à vista não se vê
Não devo nada a ninguém
Sou aquilo em que se crê
E se acredita também
O silêncio participa
Mais do que possas supor
Nem por sombras antecipa
O estar calado com dor
Cai a chuva no Outono
Cai no Inverno a geada
Meus sonhos ao abandono
De ti não espero mais nada.
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